
Há algumas décadas, uma pequena vila se sitiava no feudo de um velho e mal quisto barão. Ela era conhecida na época apenas como o Vilarejo do Forte. Mas fatos estranhos dormiam nas suas vizinhanças desde tempos mais remotos.
O vilarejo ficava um pouco perdido há alguns dias de caminhada a sudeste do Portal de Baldur, próximo a uma de suas várias estradas. Boatos da época contavam que o barão realizava atos nefastos com os plebeus. De tempos em tempos, crianças eram dadas como desaparecidas, mulheres, principalmente jovens, eram tiradas de seus lares sem jamais retornarem e homens, muitos jovens, também tiveram suas vezes. O velhos, ainda vivos em tais tempos, contam que o barão escravizava os plebeus, alguns para servir-lhe em seus campos e seu castelo, outros em seu próprio quarto.
Por dentre as masmorras de sua morada, os rumores são mais sinistros. Contam-se que o barão fora educado na alquimia e na Arte e que um de seus passatempos bizarros era fazer experimentos.
Sua regência sobre a comunidade estava cada vez mais intransigente. Personalidades locais começavam a se calar ou sumiam como outros plebeus. Não demorou tanto para que as notícias de que o nobre estava a mexer com as artes sombrias se espalharam através das montanhas e por sobre as planícies até chegar à cidade.
Nesse tempo, muitos cidadãos decidiram que era tempo de fazer nova morada, longe das terras do senhor feudal e de seus rituais nefastos. Então montaram acampamento na região em que cruzavam a estrada que ia ao Portal de Baldur e a trilha que levava até o vilarejo. Fundara-se assim o vilarejo conhecido como Forte Novo.
O destino do barão não se sabe. Acredita-se que de alguma forma ele nunca tenha deixado seu castelo. Assim, sendo perseguido pelos fantasmas de seus experimentos.