
Reza a lenda, muito antes dos tempos em que deuses amaldiçoados vagavam por entre os mortais, que um cavaleiro de enorme bravura vestia um escudo muito especial. Um escudo grande, pesado, revestido pela mais pura possuía características muito particulares. Conta-se que fora polido habilmente por exímios ferreiros e encantado por bruxos poderosos para defender seu cavaleiro contra os perigos da Arte. Diz-se que o escudo é capaz de absorver efeitos mágicos, que seriam mortais ao cavaleiro, e até tornar o feitiço contra o feiticeiro.
A lenda diz que uma certa vez, o guerreiro montando seu imponente cavalo alado se deparou com uma criatura tão hedionda, que fez sua montaria se apavorar e derrubar seu cavaleiro. Caía assim indefeso o bravo guerreiro. A criatura atacara sem hesitar o homem. Não distante dele estava seu escudo. Escapando das garras e presas de tal criatura, e incapaz de fitá-la devida sua aparência repulsiva, rolou pelo chão empunhou imediatamente seu escudo para se defender. Inevitavelmente, a besta se viu pelo reflexo do seu escudo. O choque foi tão grande que quando viu seus cabelos rebeldes como víboras, sua pele escamosa e sua forma grotesca petrificou. Tempo então suficiente para o combatente apanhar sua espada e aplicar um golpe certeiro e decepar-lhe a cabeça.
Rumores vindo da circulam de que um forte campeão de nobres locais das terras adjacentes ao vilarejo de Baragosto encontrou o legado desse antigo cavaleiro. Mas assim como tais notícias nunca são totalmente sinceras, seu paradeiro e a honestidade desses rumores permanecem incertos. Uns contam que assassinos invejosos roubaram-lhe a vida e seus bens. Outros ainda afirmam ter sido vencido pelas criaturas que habitam as ruínas da velha escola de Ulcaster, a leste, além das colinas da periferia do vilarejo.