Lobo branco
Esse é um folclore antigo das terras centrais do ocidente de Faerûn. A Floresta dos Mestiços é assim conhecida pelas lendas em torno de criaturas que de dia se fantasiam de homens e a noite, sob a luz de Selûne e de suas lágrimas revelam suas verdadeiras faces bestiais. Como a imaginação dos homens, suas estórias vão além. Alguns dizem que essas criaturas chegam a se reunir em povoado de dia e em matilhas, alcatéias, vara, bando etc. a noite, como se de alguma forma fossem civilizados como pessoas.
Uma vez que se comportam como pessoas, estão fadados ao mal de todos os homens: corrupção. Então os selvagens se comportaram, se agregaram e, enfim, se corromperam. Um mal talvez muito pior do que a selvageria primordial. Propõem-se a agir como gente, mas no final agem como animais.
Contudo, além dos males da civilização, também foram gratificados com algumas virtudes humanas, como a esperança. O folclore conta de um mestiço, metade animal, metade gente, que viria a livrar os demais. Não seria um filho de mais uma ninhada, mas teria sido fruto de um ventre semeado pela Senhora da Prata. E como um herói idealizado, sua pele seria branca como a neve do norte, sua alma pura como a das crianças e seus instintos aguçados como dos selvagens.
Até que o messias traga consigo a paz para seu povo de espírito selvagem, a Floresta dos Mestiços viverá sob o caos de sua alma primitiva e ao mesmo tempo vulnerável aos males de um refinamento civil.