A cadeia de montanhas dos Picos Nebulosos tem uma fama notória por suas criaturas e tesouros antigos que nela descansam. Criaturas vis de diversas estirpes fizeram seus covis ao longo do seu planalto e no interior de suas cavernas. Mas estamos aqui para falar de outra cadeia de montanhas.
Na fronteira norte de seus limites, especificamente na cidade de Nashkel deve-se seguir uma rota muito utilizada por mercadores, a Trilha de Uldoon. Ela se inicia nos Picos Nebulosos, atravessa o Pequeno Vale, a humilde comunidade de Ninho Verde, depois Berdusk, a Jóia do Vale do Sol Poente, e enfim termina na cidade de Asbravn - no sopé das Montanhas do Sol Poente.
Não são as montanhas que chamam mais a atenção e sim os tesouros que nela descansam. Muito bem escondida, um antigo dragão fez de uma rede de cavernas sua morada. Como fazem todos os dragões, buscou tesouros nos quatro cantos de Faerûn para decorar sua morada. E assim fizera por muitos séculos, mais do que dragões usualmente o fazem. Porém, enquanto o dragão engordava seu tesouro, outros lagartos alimentavam a inveja em seus corações - se é que pode se afirmar que tais criaturas têm algum sentimento. Depois do primeiro tomar o seu lugar, conta-se que outros três o mesmo fizeram, sempre destronando o dragão anterior.
Hoje, sequer se sabe se algum dragão ainda dorme sob as Montanhas do Sol Poente. Porém, após tantas eras e tantos dragões, as cavernas - com o maior tesouro acumulado assim o dizem - ficaram conhecidas como o Poço dos Dragões. Muitas expedições cobiçaram encontrar seu caminho. Mas apenas grutas de ogros e gnolls foram descobertas. Nem mesmo os anões que sob ela descansam sabem de seu paradeiro. Dorme, num sono profundo, sem ser perturbado, o maior tesouro que um homem poderia imaginar.
